sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Cadê o o outro?

Essa é uma pergunta que alguns devem estar se fazendo: cadê o grande amor das nossas vidas? Onde está nossa cara-metade? Porque é tão difícil encontrar aquela pessoa especial que nos faz perder o chão? Ou melhor, “achar” o chão!

Pois é, eu também não tenho esta resposta. Mas tenho muitas dúvidas.

Posso começar relatando minha enorme dificuldade em entender porque entre tantos amigos queridos que tenho, pessoas realmente especiais, e mais do que isso, pessoas realmente interessantes, tantos ainda estão sozinhos, ainda não encontraram seu par. Onde está o problema? Qual a definição correta de uma pessoa “interessante”? Talvez para muitos de nós o “interessante” da pessoa esteja no papo agradável, no conhecimento, na cultura, nas atitudes, no caráter, na beleza e provavelmente em uma lista sem fim de atributos que desejamos encontrar no outro. Mas cabe outra consideração importante: e nós? O que temos a oferecer? O quão interessante nós somos?

E talvez por tudo isso aí de cima caímos num paradoxo difícil de entender: quanto mais exigimos, mais difícil fica encontrar. E provavelmente também não vamos atender a imensa lista de virtudes desejadas pelo outro. Onde tudo isso vai parar?

E onde achar esta pessoa? No bar, entre os amigos dos amigos, na faculdade, no metrô ou seria melhor na internet? Gente, isso é muito louco! Preciso de respostas para tudo isso, mas provavelmente esta é uma das muitas perguntas que têm muitas respostas, ou pior, uma daquelas perguntas que simplesmente não tem resposta.

Quantos de nós já nos apaixonamos, já nos entregamos, e juramos que tudo era recíproco? Se era, então porque “era” e não é mais? Outra perguntinha difícil de responder, mas fácil de entender. Existe uma infinidade de motivos que levam ao fim. A começar pelo começo: era realmente a pessoa certa? Talvez não, senão ainda estaria do seu ladinho. Mas, peraê!! Era a pessoa certa!! Até hoje eu acho que é!! Ué, então cadê ela? Era a pessoa certa para quem? Para você, ou para ela? Sim, para você que está apaixonadão por ela, sim, ela pode ser a pessoa certa, só que ela pode não pensar da mesma maneira que você e achar que ela mesmo não é a pessoa certa para você... e então... tchau! Confuso, não?!

Pois é pessoal, tudo muito complicado, né?! Mas tem uma outra situação ainda mais complexa para a minha cabecinha. É quando conhecemos aquela pessoa super-mega-hyper-phoda interessante e não dá certo. Quem errou? Onde errou? A pessoa é perfeita, tem tudo que você procura, mas ainda assim você perdeu o interesse nela, ou ela por você. Porquê cara? Sabe quantas destas vão aparecer na sua vida de novo? Pois é, já aconteceu comigo também. E não tenho explicações. Pior ainda, me cobro porque não tenho interesse por ela. Ela tem tudo que eu quero... Êpa, ninguém falou nada até agora sobre sexo, sobre “química”, sobre afinidades que fogem das explicações tradicionais! É verdade gente, além do outro ter que passar por uma verdadeira bateria de testes, o beijo tem que ser maravilhoso, o sexo tem que louco e claro, ele tem que ser um deus grego e ela a garota da capa! É gente, acho que tá ficando difícil...

Tudo bem, tudo bem... eu sei que muitos de nós dizemos: ah, eu não ligo se o cara tem uma barriguinha ou se ela tá com uns furinhos na bunda... humm, humm... eu também digo a mesma coisa. E de fato acredito nisso e me sinto aberto a conhecer qualquer pessoa, a me permitir tudo. Mas peraê de novo!!! O beijo ainda tem que ser maravilhoso e o sexo tem que ser uma loucura mesmo. Os furinhos e as barriguinhas existem mesmo e estatisticamente você vai entrar numa briga desleal para achar um par sem estes atributos, diríamos, não desejáveis. A propósito, para o “outro”, de fato isto pode não importar tanto assim. Ufa, que bom! Até que enfim temos uma chance de sermos “encontrados”.

E por falar em “encontrar”, você já se perguntou se aquela pessoa que te olhou no metrô ontem, ou na padaria anteontem não era a sua cara-metade? Caramba gente, mas como flertar com alguém na padaria? Eu pergunto qual o tipo de pão que tem menos calorias ou no metrô pergunto onde é o “Paraíso”? Cuidado que ela pode responder que realmente você não deveria nem estar comendo pão porque já passou do peso há muito tempo ou que o tal “Paraíso” existe, só que no metrô de São Paulo! Mas ainda assim gente, será que não deveríamos ter tentado um “approach”? Quantas vezes já não nos arrependemos de nossa inércia?

E quanto tempo alguns de nós teremos que esperar por este encontro? Não é justo achar que você tem um montão de amor para dar para alguém que de fato mereça, mas este alguém não quer ou simplesmente este alguém não aparece. Como entender que você pode fazer alguém feliz, transformar a vida dela... mas ela não quer... difícil de entender...

Os fatos são:

1 - Não existem regras
2 - Não existe tempo
3 - Não existem respostas para todas as perguntas
4 - Se você acha que este “alguém” já passou na sua vida e se foi, então este “alguém” virou “ninguém” e abriu espaço na sua vida para outro “alguém”.
5 - Existe “alguém” em algum lugar, que num determinado momento vai aparecer na sua vida, nas nossas vidas. Não importa o quão distante esteja este “tempo”, nós nascemos para ter uma outra pessoa. Deus nos fez assim, e assim Ele quer que tudo funcione. Então Deus, dá uma forcinha aê, porque não tá fácil não...


Paz nos nossos corações.

5 comentários:

Unknown disse...

Oi, Jo!

Que engraçado!
Acabei de mandar uma notícia para "as meninas". E vc chega com a história de encontrar o grande amor no metrô. Jung explica...
Taí a notícia: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI2061404-EI4802,00.html

bjs,

C.

Anônimo disse...

Pessoal, recebi este comentário por e-mail de uma amiga muuuuiittoooo especial...


Cadê o outro? Eu acredito que a pergunta que devemos nos fazer é: Cadê eu?

Se cada um aceitar que o problema “sou eu” e a partir daí começar a tentar desconstruir as ilusões, as idealizações e modificar nossos elementos de auto-boicote, tenho certeza que o amor acontecerá muito naturalmente sem buscas desesperadas

Acho essa “busca” na verdade insana e um conto do vigário que passaram pra nossa geração e a gente aceitou sem discutir.
Claro, é mais fácil culpar o fator sorte, do que compreendermos, enxergarmos e tentarmos alguma árdua tarefa de mudança em nós mesmos, pequena que seja.

Não posso aceitar a idéia de que sou um ser pela metade e minha outra metade única existe em algum lugar do planeta e assim passarei o resto da vida procurando essa agulha no palheiro. E se minha cara metade morar no Paquistão e eu nunca por meus pezinhos lá? Me fudi ?

Vou bater cabeça a vida inteira com “as pessoas erradas?”. Não posso conceber Deus ou o destino como um ser sádico que resolveu me sacanear botando a metade da minha laranja no outro lado do universo.
E se minha cara-metade estiver casada para todo o sempre com uma “pessoa errada”. Conhecemos tantos casamentos fracassados, verdadeiras farsas, mas que duram pra sempre. Vou passar o resto da vida sem o grande amor?

Não acredito em pessoas certas, perfeitas pra mim nem pra ninguém, isso é uma tendência que temos de ficar procurando “alguém que caiba nos nossos sonhos” (como diria Cazuza: pra quem não sabe amar...).

Essa pessoa simplesmente não existe, é idealização nossa, o sonho quem criou fomos nós e nos esquecemos que não temos como moldar o ser perfeito para o mundo perfeito que insistimos em tentar trazer das nossas fantasias pra vida real.

Eu não busco o grande amor da minha vida, mas espero encontrar mais algum ou alguns grandes amores da minha vida.

Tive dois casamentos (sem papel, pra mim dá no mesmo) com homens maravilhosos que me amaram e foram correspondidos. Brigas? Conflitos? Muita tentativa de durar o máximo possível? Claro. Se assim não fosse, não estaria me relacionando com “o outro”, mas comigo mesma.
E o que faz ser verdadeiro e bom é justamente aí. Nas diferenças.
São elas que tentam nos fazem crescer. É com ela que temos que conseguir o material para vermos como nós nos relacionamos com o outro, o que pode, deve e vale ser modificado e se isso será possível ou não.

Fazemos sempre o contrário.
Acabou? Sim. Mas não foi completo e absoluto e verdadeiro enquanto durou? Sim. Não são pessoas que admiro ainda hoje e que na verdade nunca deixarei de amar, agora de uma outra forma? Sim. Então como posso dizer que um e outro não foram grandes amores da minha vida? Porque acabou merece lixo e esquecimento?

Dizemos, ah, não era ela. Somos tão críticos com as coisas que vemos no outro e não nos agrada, e em momento algum nos perguntamos: por quê isso me incomoda tanto? O quê nessa atitude ou falta dela me faz querer matar ou sair correndo? Com certeza iremos identificar a repetição em diversas relações que nós temos.
Então o problema está com quem?

Realmente é difícil encontrar pessoas com quem temos afinidades, química etc. Se rolar uma por ano já é lucro. É pouco? Não.

Estaremos encontrando pelo menos anualmente com um amor possível. O que pode rolar é que nosso grande inimigo boicotador, ou seja, nós mesmos, faça tudo ir por água abaixo.

Mas se cada homem e cada mulher ao invés de continuar na busca do irreal começar a se preparar pra viver de fato uma relação verdadeira, aceitando que vai ter que chegar a consensos que tornem possível a convivência de seres tão diferentes, a chance do possível se tornar concreto aumenta muito.

Ninguém precisa estar nos “points certos” de radares ligados de dia, de tarde e de noite, para não deixar escapar uma possível e única cara-metade.
Não acredito nessa busca porque essa pessoa ideal definitivamente não existe. Acredito que se cada um tentar nos relacionamentos analisar sua própria conduta, suas reações, ao invés de culpar o outro ou a sorte pelo fracasso da relação, muito em breve cada um encontrará não um grande amor, mas muitos amores possíveis, concretos, habitantes do mundo real e não príncipes e princesas dos contos de fadas de nossas cabeças.

Não se escolhe alguém com determinados predicados e se diz:
“Ok, coração, pessoa para amar, autorização para seguir em frente.”. É certa a desilusão em breve.

O amor não se procura, o amor acontece, mas de verdade mesmo, só quando estamos prontos pra saber o que é amar.

Bj.
Andréa

Anônimo disse...

10.000 Adorei!!!! Já estou pedindo...implorando a Deus uma forcinha... mas parece que a fila tá grande... rsssss bjksss

Madá

Anônimo disse...

Querido amigo!
Eu adoro essa paixão que existe em suas palavras. Cofesso que fui assim nos meus 22, 25 aninhos de idade. Acho que vc está em crise se eu olhar para minha historia... sem querer comparar, ja comparando! (vou falar merda, me expor, mas vamos lá! Tá chovendo pra cacete, vou me molhar de vez!)
Antes um pouco, aos 14 anos, "me casei". Digo "casei" porque encontrei nessa parceira... amor, identidade, sexo, amizade, companhia para todos os programas e principalmente rumo (e um espelho cristalino sem deformações). Amei porque encontrei essa moça que me fez descobrir e dar de cara com nossos desejos da época e alguns sonhos importantes. De nossa relação tiramos forças para amadurecer, lutar, ao invés de ser um menino mimado, a reclamar da mãe e do irmão que nunca apoiaram minhas "loucuras".
Amei tanto porque descobria a cada encontro rapido apos o colegio, passeio, "fazer amor", viagem... que nossos desejos eram simplesmente uma realidade a ser encarada. E tão intenso amor porque percebiamos a realizacao mutua de tanto prazer e aprendizado.
Me senti um homem verdadeiro aos 14,15, 16...20. Tempo que ficamos juntos. Com ela encontrei "uma" metade em minha vida, porque simplesmente consegui ser eu mesmo. Ela tb! (bom! eu acredito que aos 16 aninhos vc não precisa fingir sentimentos!!?rs)
Nos 6 anos que ficamos juntos so ganhamos força e identidade. Passamos por todas as fases de um relacionamento de forma tão intensa como a juventude dos dois pedia. Sem brigas (não que seja pre-requisito) porque sabiamos o valor do nosso tempo "juntinhos". Muito bom namorar...! Alias, "Bom pra Burro!!" (essa é da época).
Foi minha metade na época, sem duvida! E que metade!! Faziamos "amor" e aprendemos a fazer "sexo" tb. Esses dois ingredientes juntos é que faziam a diferença! Muito bom!
Podia contar uma historia um pouco mais recente, mas a primeira é ótima! Melhor pra voltar aos meus 20 e poucos aninhos... porque sofri mesmo. Idealizei as relaçoes. Nao vi mais um "pentelho" (bem machista) da minha namorada do passado nas relacoes do presente. Busquei pessoas "que caibam no "meu" sonho". E quebrei a cara uma, duas, tres...
Por isso tenho essa cara meio amassada e amassei um monte tb!

Po! Resumindo... tem um ima de geladeira aqui no estudio que diz mais ou menos assim (to com preguiça de ir la em cima ler): "Enquanto não encontro a pessoa certa, me divirto com as erradas!" rs.
Brincadeiras a parte, muito mais importante que pessoas erradas, são amigos certos! Isso eu não abro mão Jou! rs.
Enquanto não aparece uma "metade" no pedaço, vou divulgando: solteiro, 44 anos, fotografo, signo de gemeos (com ascendente em gemeos. Acho que me ferrei agora!), gosto de viajar, de...
e romantico (totalmente fora de moda, mas tentando me adequar aos tempos...) lu

Anônimo disse...

Oi, garoto :-)

Não vou dizer originalidades sobre o amor...
Já tá quase tudo dito, cantado, escrito, pintado, remexido por aí... E o povo ainda tem dúvidas!!!!!!! Rsrsrsrsrs
Mas concordo em gênero, número e grau com sua amiga "anônima" Andréa: não existe cara-metade.

Não consigo resistir à tentação de um "corte/cola" que, ao meu ver, diz demais sobre a escola que o amor é. Porque "o outro" somos nós...

Este texto é da Lya Luft e se chama A Alma do Outro.

"No relacionamento amoroso, familiar ou amigo acredito que partilhar a vida com alguém que valha a pena é enriquecê-la. Permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida. "A alma do outro é uma floresta escura", disse o poeta Rainer Maria Rilke, meu único autor de cabeceira.

A vida vai nos ensinando quanto isso é verdade. Pais e filhos, irmãos, amigos e amantes podem conviver décadas a fio, podem ter uma relação intensa, podem se divertir juntos e sofrer juntos, ter gostos parecidos ou complementares, ser interessantes uns para os outros, superar grandes conflitos – mas persiste o lado avesso, o atrás da máscara, que nunca se expõe nem se dissipa.

Nem todos os mal-entendidos, mágoas e brigas se dão porque somos maus, mas por problemas de comunicação. Porque até a morte nos conheceremos pouco, porque não sabemos como agir. Se nem sei direito quem sou, como conhecer melhor o outro, meu pai, meu filho, meu parceiro, meu amigo – e como agir direito?

Neste momento escrevo, como já disse, um livro sobre o silêncio. Começou como um ensaio na linha de O Rio do Meio e Perdas & Ganhos, mas acabou se tornando um romance, em pleno processo de elaboração. Isso me faz refletir mais agudamente sobre a questão da comunicação e sua por vezes dramática dificuldade, pois nos mal-entendidos reside muito sofrimento desnecessário.

Amor e amizade transitam entre esses dois "eus" que se relacionam em harmonia e conflito: afeto, generosidade, atenção, cuidados, desejo de partilhamento ou de vida em comum, vontade de fazer e ser um bem, e de obter do outro o que para a gente é um bem, o complicado respeito ao espaço do outro, formam um campo de batalha e uma ponte.

Pontes podem ser precárias, estradas têm buracos, caminhos escondem armadilhas inconscientes que preparamos para nossos próprios passos em direção do outro. O que está mergulhado no inconsciente é nosso maior tesouro e o mais insidioso perigo.
Pensar sobre a incomunicabilidade ou esse espaço dela em todos os relacionamentos significa pensar no silêncio: a palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta e era hora de falar; o silêncio que não foi erguido no momento exato – e era o momento de calar.

Mas, como escrevi várias vezes, a gente não sabia. É a incomunicabilidade, não por maldade ou jogo de poder, mas por alienação ou simples impossibilidade. Anos depois poderá vir a cobrança: por que naquela hora você não disse isso? Ou: por que naquele momento você disse aquilo?

Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto. Na relação defrontam-se personalidades, dialogam neuroses, esgrimem sonhos e reina o desejo de manipular disfarçado de delicadeza, necessidade ou até carinho. Difícil? Difícil sem dúvida, mas sem essa viagem emocional a existência é um deserto sem miragens.

No relacionamento amoroso, familiar ou amigo acredito que partilhar a vida com alguém que valha a pena é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida. Entre fixar e romper, o conflito e o medo do erro.
Somos todos pobres humanos, somos todos frágeis e aflitos, todos precisamos amar e ser amados, mas às vezes laços inconscientes enredam nossos passos e fecham nosso coração. A balança tem de ser acionada: prevalecem conflitos ásperos e a hostilidade, ou a ternura e aqueles conflitos que ajudam a crescer e amar melhor, a se conhecer melhor e melhor enxergar o outro? O olhar precisa ser atento: mais coisas negativas ou mais gestos positivos? Mais alegria ou mais sofrimento? Mais esperança ou mais resignação?

Cabe a cada um de nós decidir, e isso exige auto-exame, avaliação. Posso dizer que sempre vale a pena, sobretudo vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo um desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos, amigos ou amantes, continua a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pode – o que lhe é possível fazer.

Em certas fases, é preciso matar a cada dia um leão; em outras, estamos num oásis. Não há receitas a não ser abertura, sinceridade, humildade que não é rebaixamento. Além do amor, naturalmente, mas esse às vezes é um luxo, como a alegria, que poucos se permitem.

Seja como for, com alguma sorte e boa vontade a alma do outro pode também ser a doce fonte da vida."

Bjin, Eu